Fada Madrinha (2020), dirigido por Sharon Maguire e escrito por Kari Granlund e Melissa Stack, é uma comédia fantástica da Disney lançada diretamente na plataforma Disney+ em 4 de dezembro de 2020. A história se passa no mundo mágico chamado "Motherland", onde as fadas madrinhas são treinadas para realizar desejos. Eleanor (Jillian Bell) é a mais jovem e otimista da turma, mas falha constantemente e descobre que, devido à falta de pedidos, a instituição corre o risco de se transformar num treinamento para fadas dos dentes.
Ao encontrar uma carta de uma menina de dez anos chamada Mackenzie (Isla Fisher na versão adulta), Eleanor decide intervir e vai até Boston — porém 30 anos atrasada. Lá, ela descobre que Mackenzie já é mãe solteira, ressentida e cética quanto ao amor e aos contos de fada. Determinada, Eleanor tenta restaurar a magia na vida da mulher e provar que seu papel ainda é relevante.
As performances de Jillian Bell e Isla Fisher são os grandes destaques do filme. Bell encarna Eleanor com energia e ingenuidade cômica — sua atuação remete ao tipo de humor visto em Elf ou Enchanted — enquanto Fisher interpreta Mackenzie com realismo e empatia, capturando a desilusão de uma mãe que perdeu a esperança nos “felizes para sempre”. Apesar disso, diversos críticos apontaram falhas na narrativa: roteiro previsível, efeitos visuais menos caprichados e pouco aprofundamento do universo da Motherland.
Apesar das críticas mistas — incluindo observações sobre um visual que parece “direto para vídeo” e humor às vezes forçado — muitos espectadores elogiam a mensagem central do longa: a desconstrução de contos de fadas tradicionais e a valorização da magia na vida cotidiana real. Um dos momentos mais tocantes ocorre quando Eleanor encoraja a filha de Mackenzie, Jane, a superar sua timidez e subir ao palco, com uma abordagem mais humana que mágica. O filme pode não ser uma obra-prima, mas oferece leveza, charme natalino e uma reflexão calorosa sobre o que significa acreditar em si mesmo e no outro.
Final explicado
O final do filme traz uma reviravolta emocional e uma atualização moderna dos contos de fadas tradicionais. Ao longo do filme, Eleanor tenta realizar o desejo de Mackenzie de quando era criança — encontrar o "felizes para sempre". No entanto, ela percebe que a vida adulta de Mackenzie está repleta de desafios reais: luto, maternidade solo e uma carreira difícil. A fórmula tradicional de contos de fada — casar com um príncipe, viver num castelo — não se encaixa mais nesse novo contexto.
No clímax, Eleanor tenta criar uma grande cena mágica para impressionar e ajudar Mackenzie, mas tudo sai do controle. Em vez de fugir ou desistir, ela decide encarar o fracasso com autenticidade. Mackenzie, por sua vez, entende que seu verdadeiro “felizes para sempre” não precisa envolver romance ou mágica, mas sim aceitar sua vida como ela é — com sua família, amigos e realizações pessoais. A cena em que sua filha Jane canta no palco com confiança simboliza isso: a magia agora vem de dentro.
Ao final, Eleanor retorna à Motherland esperando ser punida por desobedecer ordens, mas algo inesperado acontece. Inspiradas por suas ações, as outras fadas percebem que a definição de “felicidade para sempre” precisa evoluir. Em vez de focar apenas em histórias românticas, as fadas agora ajudam as pessoas a encontrarem felicidade de várias formas: amizade, autoconfiança, superação, família e bem-estar emocional. A Motherland é transformada em um novo tipo de escola mágica — mais inclusiva e moderna.
Portanto, o final explica que o verdadeiro poder da fada madrinha não está em varinhas ou feitiços, mas na capacidade de ouvir, apoiar e inspirar os outros a encontrarem suas próprias versões de felicidade. A mensagem central é clara: não existe um só modelo de final feliz — cada pessoa constrói o seu, e ele pode ser mágico mesmo sem magia.
Onde assistir
O filme está disponível nos catálogos da: Disney.
Tags
filmes