Primeira atriz criada por inteligência artificial desperta interesse de grandes estúdios de cinema

 

O futuro do entretenimento está mais próximo do que nunca. A indústria cinematográfica se prepara para um marco histórico: a chegada da primeira atriz criada por inteligência artificial. Seu nome é Tilly Norwood, e ela já está chamando a atenção de grandes estúdios que enxergam nessa novidade uma revolução no modo como filmes e séries podem ser produzidos.


A ideia nasceu no estúdio Xicoia, fundado pela atriz e comediante holandesa Eline Van der Velden. Durante um painel no Zurich Summit, evento paralelo ao Festival de Cinema de Zurique, Van der Velden revelou que “vários estúdios estão interessados em assinar com sua primeira criação, a atriz feita por IA Tilly Norwood”. Isso significa que, em breve, poderemos ver pela primeira vez uma atriz totalmente digital assinando contrato com uma agência de talentos.


A discussão sobre inteligência artificial no cinema ganhou ainda mais força com a presença de Verena Puhm, chefe do Studio Dream Lab LA, da Luma AI. Ela destacou que empresas de entretenimento “estão se rendendo à Inteligência Artificial por trás das câmeras” e adiantou que “é provável que anúncios públicos de projetos em IA sejam realizados nos próximos meses”. Segundo Puhm, muitos estúdios já estão testando a tecnologia e devem oficializar suas iniciativas no início do próximo ano.


"Historicamente, os estúdios se adaptam lentamente, pelo menos de forma pública, eles precisam de novas contratações criativas e novos especialistas em tecnologia para mostrá-los como se faz. Podem apostar que muitos desses estúdios já estão trabalhando com IA", disse Puhm.


Ela complementa dizendo que "Queremos deixá-los confortáveis nos testes, nos projetos e quando for pra valer também. Queremos que seja decisão deles compartilhar publicamente, mas honestamente, acho que esse ano será interessante. No começo do ano que vem, haverá muitos anúncios."


O grande diferencial é que Tilly Norwood será a primeira atriz gerada por inteligência artificial a ser representada por uma agência, algo que deve ser anunciado em breve. Esse passo representa uma mudança significativa no mercado, já que até então a IA era utilizada principalmente para efeitos visuais, dublagens ou ferramentas de apoio. Agora, ela assume o papel central de intérprete em produções audiovisuais.


Esse movimento levanta uma questão fundamental: estamos prestes a assistir a uma transformação no conceito de atuação? A inteligência artificial no cinema promete reduzir custos, ampliar possibilidades criativas e até mesmo reinventar a forma como personagens podem ser concebidos. No entanto, também abre debates sobre os limites entre artistas humanos e criações digitais.


O anúncio oficial da agência que representará Tilly Norwood promete ser um divisor de águas na história do entretenimento. Se confirmada a tendência, veremos nos próximos meses uma nova fase em Hollywood e em outras indústrias criativas, marcada pela ascensão dos atores virtuais e pela consolidação da IA no cinema.



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