A suspensão do apresentador Jimmy Kimmel provocou uma reação inesperada: milhões de assinantes cancelaram seus planos de streaming em Disney+, Hulu e ESPN como forma de protesto. O público se mobilizou em apoio ao apresentador após ele ser afastado da programação, mostrando o impacto direto que decisões corporativas podem ter na audiência.
De acordo com a jornalista Marisa Kabas, cerca de 1,7 milhão de assinaturas foram canceladas de forma combinada, evidenciando a força de reação do público. A suspensão de Kimmel ocorreu após comentários polêmicos envolvendo a morte do ativista de direita Charlie Kirk, mas, ironicamente, foi a própria suspensão que gerou a maior repercussão negativa para as plataformas de streaming.
O apresentador havia declarado: “Chegamos a novos níveis baixos no fim de semana, com a gangue MAGA tentando desesperadamente caracterizar o garoto que assassinou Charlie Kirk como algo diferente de um deles…”. Embora seus comentários tenham sido controversos, muitos espectadores consideraram a suspensão injusta e expressaram seu descontentamento cancelando assinaturas.
A Nexstar, que controla diversas afiliadas da ABC, justificou a suspensão afirmando que os comentários de Kimmel foram “ofensivos e insensíveis” e que a decisão era “do interesse público”. Andrew Alford, presidente da divisão de radiodifusão da Nexstar, declarou: “Continuar a dar ao Sr. Kimmel uma plataforma de transmissão nas comunidades que atendemos simplesmente não é do interesse público no momento… tomamos a difícil decisão de interromper seu programa…”.
O episódio demonstra o poder da audiência na era do streaming. Milhões de cancelamentos como forma de protesto mostram que o público tem voz ativa, e que decisões sobre apresentadores e conteúdo podem gerar repercussões financeiras e reputacionais imediatas. A suspensão de Jimmy Kimmel reforça o equilíbrio delicado entre liberdade de expressão, responsabilidade das emissoras e reação da audiência.
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