James Gunn, diretor e atual líder do DC Studios, falou abertamente sobre as dificuldades para integrar Super-Choque ao novo Universo DC (DCU). O herói, popularizado no início dos anos 2000 pela série animada exibida no Brasil, enfrenta barreiras que vão além da criatividade. Segundo Gunn, “é tudo uma questão de integrar [o Super-Choque] ao Universo DC, porque ele não é um personagem tradicionalmente parte do Universo DC”. Ele ainda comparou a situação à equipe de heróis A Autoridade: “A Autoridade tem sido um pequeno desafio simplesmente porque integrá-los ao Universo DC tem sido uma tarefa difícil, e o mesmo vale para o Super-Choque”.
O problema central está nos direitos do personagem. A DC Comics não é a proprietária total do herói, detendo apenas os direitos de distribuição. A verdadeira dona da propriedade intelectual é a Milestone Comics, o que significa que qualquer produção — seja a participação de Super-Choque em animações como Justiça Jovem ou o live-action já anunciado — precisa da aprovação da editora.
A situação ficou ainda mais delicada devido a uma disputa judicial. Em 2017, Charlotte Fullerton, viúva de Dwayne McDuffie (criador do personagem), processou a recriação da Milestone Media após ser excluída da nova estrutura, mesmo tendo herdado 50% dos direitos do marido. O processo, que já dura oito anos, pode ter atrasado projetos planejados, incluindo um filme de animação do herói anunciado há cerca de três anos.
Enquanto essas questões legais não são resolvidas, a inclusão de Super-Choque no novo DCU comandado por James Gunn e Peter Safran segue indefinida. O desejo dos fãs é grande, mas a aparição do herói no cinema ou em séries do estúdio ainda depende de uma solução para esse complexo impasse jurídico.
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