A inteligência artificial já está transformando a forma como vivemos, trabalhamos e consumimos entretenimento. No universo dos games, essa revolução tecnológica tem levantado debates intensos — e um dos nomes mais respeitados da indústria, Hideo Kojima, trouxe uma reflexão importante sobre o tema. Para ele, a IA pode ser uma aliada poderosa, mas também representa um risco real para o futuro dos jogos como arte.
O papel da IA no excesso de informações
Segundo Kojima: "Precisamos nos educar sobre como viver como um novo tipo de ser humano nesta era de sobrecarga de informações. Esse será o desafio. A IA pode não apenas fornecer as informações, mas também desempenhar um papel nessa educação. Somente aqueles que conseguem processar corretamente as informações e fazer uso dessas experiências realmente prosperarão no século XXI."
O risco da banalização da arte
Apesar de reconhecer os benefícios da tecnologia, Kojima faz um alerta: “De fato, filmes, livros, música, jogos e arte não são mais considerados especiais como antes”, disse ele. “Mesmo sem interesse pessoal ou esforço ativo, as pessoas podem desfrutar passivamente dessas formas de mídia enquanto as assistem indefinidamente pela internet. O envolvimento futuro da IA provavelmente acelerará essa tendência.”
“É verdade que há preocupações com um futuro em que essas experiências outrora especiais do século XX sejam meramente consumidas. No entanto, naquele mesmo século, muitas pessoas não conseguiam acessá-las por vontade própria e eram ‘fechadas’”, continuou ele. “Agora, essas pessoas têm mais oportunidades de se envolver com elas. As pessoas agora podem explorar mundos antes proibidos ou desconhecidos — aqueles restritos por país, sociedade, religião, cultura ou normas."
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