Ali: Sabia mais sobre o filme

 

O filme “Ali” (2001), dirigido por Michael Mann, é uma cinebiografia que retrata a vida do lendário boxeador Muhammad Ali, interpretado por Will Smith. A trama acompanha não apenas as vitórias e derrotas dentro do ringue, mas também os desafios pessoais, sociais e políticos que marcaram sua trajetória durante os anos 1960 e 1970. O longa mostra como Ali se tornou um símbolo de resistência, superando preconceitos raciais, se posicionando contra a Guerra do Vietnã e abraçando sua identidade muçulmana.


A atuação de Will Smith é um dos grandes destaques da produção. O ator mergulhou profundamente no papel, desde o treinamento físico para se aproximar do estilo de luta de Ali até a reprodução fiel dos trejeitos e da maneira única com que o boxeador falava. Essa dedicação rendeu a Smith uma indicação ao Oscar de Melhor Ator, consolidando o filme como um marco em sua carreira.


Além do aspecto esportivo, “Ali” também traz à tona a relação do boxeador com figuras históricas como Malcolm X e sua ligação com a Nação do Islã, explorando como suas escolhas pessoais estavam ligadas a movimentos sociais mais amplos. O longa não se limita a mostrar lutas de boxe, mas mergulha nos dilemas éticos e políticos enfrentados pelo atleta em uma época de grande turbulência nos Estados Unidos.


No fim, “Ali” se destaca como uma obra que vai além do esporte. É um retrato humano e complexo de um homem que usou sua fama para lutar por causas maiores, enfrentando riscos e críticas sem perder sua essência. O filme não é apenas sobre um campeão dos ringues, mas sobre alguém que se transformou em ícone cultural e símbolo de coragem, deixando um legado que atravessa gerações.



Final explicado


No final de “Ali”, o filme se concentra na lendária luta de 1974, conhecida como “The Rumble in the Jungle”, em que Muhammad Ali enfrenta George Foreman, então campeão mundial dos pesos-pesados. Foreman era visto como invencível, e poucos acreditavam que Ali poderia derrotá-lo. No entanto, o boxeador usa sua famosa estratégia do “rope-a-dope”, ficando encostado nas cordas e deixando Foreman se cansar ao atacar repetidamente. Esse plano arriscado funciona, e Ali aproveita o momento certo para contra-atacar, nocauteando o adversário e recuperando o título mundial.


Esse desfecho não mostra apenas uma vitória esportiva, mas simboliza também a superação de todas as adversidades que Ali enfrentou fora do ringue. Ao longo do filme, acompanhamos suas batalhas contra o racismo, a pressão política, sua recusa em servir na Guerra do Vietnã e as críticas por sua ligação com a Nação do Islã. Ao vencer Foreman, Ali reafirma não só sua força física, mas também sua resiliência moral e espiritual.


A luta em Kinshasa, no Zaire (atual República Democrática do Congo), reforça ainda a conexão de Ali com suas raízes e com o povo africano, que o acolheu como um verdadeiro herói. O filme mostra a vibração da multidão gritando “Ali, bomaye!” (“Ali, mate-o!”), destacando como ele representava mais do que um atleta: era um símbolo de orgulho e resistência.


Assim, o final de “Ali” é explicado como um ponto de consagração. A vitória sobre Foreman não encerra apenas uma fase da carreira do boxeador, mas resume sua jornada como lutador dentro e fora do ringue. O triunfo funciona como metáfora de sua vida: mesmo diante de obstáculos quase impossíveis, Muhammad Ali sempre encontrou uma forma de se levantar, lutar e sair vitorioso.


Onde assistir


O filme está disponível nos catálogos da: Prime Vídeo.
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