O cinema brasileiro alcançou um feito inédito e histórico. O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi eleito o Melhor Filme de 2025 pela Federação Internacional de Críticos de Cinema (FIPRESCI), conquistando o prestigiado Grand Prix, prêmio considerado o mais importante da crítica internacional. Esta é a primeira vez que uma produção do Brasil recebe esse reconhecimento, colocando o país ao lado de grandes nomes do cinema mundial.
Primeiro filme brasileiro a conquistar o prêmio
O FIPRESCI Grand Prix foi decidido por 739 críticos de 75 países, que escolheram Ainda Estou Aqui entre os principais lançamentos exibidos desde julho de 2024. A obra superou concorrentes de peso, como O Brutalista, O Agente Secreto e Pecadores. O reconhecimento confirma a força da produção nacional em um cenário competitivo e global.
Cerimônia no Festival de San Sebastián
Walter Salles receberá o troféu durante a abertura do 73º Festival de San Sebastián, em 19 de setembro. Na mesma data, o longa será exibido no evento, reforçando sua projeção internacional. O festival espanhol é um dos mais importantes do calendário cinematográfico, e a presença do filme marca outro grande passo para o cinema brasileiro.
Trajetória de sucesso no Brasil e no mundo
Além do prêmio da crítica internacional, Ainda Estou Aqui já soma números impressionantes. O longa ultrapassou 8,3 milhões de espectadores em mais de 30 países, consolidando seu sucesso global. Só no Brasil, foram 5,8 milhões de ingressos vendidos em 21 semanas de exibição, além de ter se tornado a maior estreia da história do Globoplay.
Conquistas anteriores
A vitória no FIPRESCI Grand Prix se soma a uma coleção de conquistas. O filme já garantiu o primeiro Oscar de Melhor Filme Internacional para o Brasil, além de mais de 61 prêmios em festivais nacionais e internacionais. Entre eles, destaque para o Globo de Ouro de Melhor Atriz para Fernanda Torres e a indicação ao Oscar de Melhor Filme.
Enredo baseado em fatos reais
Ambientado no Brasil de 1971, o longa retrata um período sombrio da ditadura militar. A história é baseada no livro de memórias de Marcelo Rubens Paiva e acompanha a trajetória de sua mãe, Eunice Paiva, uma mulher que, após o desaparecimento do marido pela Polícia Militar, se transforma em uma ativista em defesa dos direitos humanos. A narrativa intensa e comovente é um dos grandes fatores do impacto cultural da obra.
O triunfo de Ainda Estou Aqui como vencedor do FIPRESCI Grand Prix representa um marco para o cinema brasileiro. Ao lado do seu histórico Oscar, a produção reafirma a relevância de histórias nacionais no cenário mundial e mostra como o talento de Walter Salles e do elenco pode emocionar plateias dentro e fora do país. O reconhecimento internacional fortalece a posição do Brasil no mapa do cinema e inspira futuras produções a seguirem o mesmo caminho de sucesso.
