A atriz Margaret Qualley emocionou o público ao revelar que o filme A Substância, lançado em 2024, foi muito mais do que um papel desafiador — foi também uma forma de cura. Em entrevista recente à revista Cosmopolitan, Qualley compartilhou que participar do longa a ajudou a enfrentar traumas emocionais profundos, herdados ao longo de gerações em sua família.
Estrelado por Margaret Qualley e Demi Moore, A Substância é um terror corporal dirigido por Coralie Fargeat, que estreou com grande destaque no Festival de Cannes em maio de 2024, levando o prêmio de Melhor Roteiro. O enredo gira em torno de uma estrela de cinema em decadência, Elisabeth (vivida por Moore), que utiliza uma substância misteriosa capaz de criar uma versão jovem e “perfeita” de si mesma, chamada Sue, interpretada por Qualley.
Segundo a atriz, o processo de filmagem foi intenso e impactante. Ela descreveu a experiência como “estar no olho do furacão” e disse que encarnar uma personagem idealizada a fez mergulhar em questões pessoais e familiares que estavam guardadas há muito tempo. Qualley revelou que o trabalho no set funcionou como uma metáfora para lidar com dores antigas e padrões transmitidos entre mulheres de sua família.
Margaret também chamou atenção ao afirmar que o filme, apesar de tratar da juventude e da aparência, não tem uma abordagem feminina. “É um filme bastante masculino em muitos aspectos”, declarou. A atriz ressaltou que representar uma figura moldada pela perfeição estética foi, de certa forma, angustiante, pois colocava em xeque o que é real e o que é imposto culturalmente.
Outro ponto marcante foi sua relação com Demi Moore durante as gravações. Qualley afirmou que a veterana atriz se tornou uma amiga muito próxima e elogiou sua força e sensibilidade. A química entre as duas atrizes foi essencial para dar profundidade à narrativa do filme, que explora temas como envelhecimento, identidade, autoimagem e pressão estética.
Lançado no Brasil em setembro de 2024, com distribuição da Mubi e Imagem Filmes, A Substância conquistou público e crítica, tornando-se um dos maiores sucessos da distribuidora. Com um orçamento de US$ 17,5 milhões, o longa arrecadou mais de US$ 79 milhões mundialmente, consolidando-se como um dos destaques do cinema em 2024.
A Substância vai além do horror visual e do corpo distorcido. É uma história sobre o peso das expectativas, os traumas silenciosos e a difícil jornada de aceitar a si mesmo. Para Margaret Qualley, o filme foi uma catarse — e para o público, uma reflexão poderosa sobre os padrões que nos moldam.
