Alice & Só é uma comédia romântica brasileira, dirigida por Daniel Lieff — que assina seu primeiro longa — com roteiro de Álvaro Campos e Matheus Souza. O título, inicialmente projetado como Partiu Paraguai ou Bamo Nessa, foi posteriormente definido como Alice & Só . Estrelado por Bruna Linzmeyer no papel de Alice e Johnny Massaro como Sócrates (Só), o filme estreou nos cinemas brasileiros em 12 de novembro de 2020.
A trama gira em torno de Alice, uma jovem talentosa e apaixonada por música, e seu fiel amigo Só, ambos membros de uma banda chamada “Alice & Só”. Insatisfeitos com a falta de reconhecimento, partem em uma road trip até o Paraguai com o objetivo de se apresentar no maior festival de covers do mundo . Ao longo do caminho, encontram Tinho — um ex-roqueiro interpretado por Felipe Camargo — que se junta à dupla, acrescentando tempero rock’n’roll às aventuras que vivem.
Os três atravessam paisagens e situações emocionais e divertidas, confrontando gerações distintas de músicos: os jovens tecnicamente afinados e conectados à era digital (Alice e Sócrates) versus o roqueiro da velha guarda, Tinho, totalmente alheio a aplicativos e novas formas de interagir — esse contraste gera momentos de humor e reflexão sobre o mundo musical contemporâneo. A jornada reforça não só a busca por reconhecimento artístico, mas também o fortalecimento da relação entre os protagonistas, que acabam enfrentando desafios inesperados — pessoais e coletivos — que transformam suas vidas.
O filme possui aproximadamente 86 a 90 minutos de duração, com distribuição da Walt Disney Studios (via 20th Century Fox) . No elenco coadjuvante, além de Felipe Camargo como Tinho, aparecem nomes como Nanda Costa, Eduardo Sterblitch, Guilherme Weber, Guta Stresser, Javier Enciso e Stepan Nercessian, que contribuem com pitadas de carisma e criatividade nos papéis secundários .
Em resumo, "Alice & Só" combina humor, música e paisagens em uma narrativa simpática e envolvente que, embora caminhe por trilhas previsíveis, encanta pela leveza e química do elenco . Se você gosta de filmes que misturam romance, comédia e uma boa trilha sonora num cenário brasileiro e latino-americano, esta é uma excelente pedida!
Final explicado
No final do filme, a viagem até o Paraguai deixa de ser apenas uma tentativa de conquistar sucesso em um festival de música e se transforma numa jornada de autoconhecimento para os protagonistas. Alice e Só enfrentam situações que testam tanto a amizade quanto os sonhos que carregam, percebendo que o verdadeiro valor da aventura não está apenas na fama ou no reconhecimento, mas na experiência compartilhada e na coragem de seguir em frente mesmo diante das incertezas.
Quando o festival finalmente acontece, a apresentação não sai exatamente como planejado. Ao invés de ser o grande salto para a carreira, a performance funciona mais como um símbolo da união entre eles e da paixão pela música. Esse momento deixa claro que o propósito principal da viagem não era alcançar a glória, mas sim descobrir o quanto a música é parte essencial de suas vidas e como isso pode conectá-los a outras pessoas ao longo do caminho.
A presença de Tinho, o ex-roqueiro vivido por Felipe Camargo, também ganha significado no desfecho. Ele funciona como um contraponto geracional e mostra para Alice e Só que o tempo passa para todos, mas o amor pela arte nunca envelhece. Sua trajetória reforça a ideia de que a estrada é cheia de altos e baixos, e que o mais importante é manter a essência, sem se perder nas frustrações do passado.
Assim, o final de Alice & Só é mais simbólico do que grandioso: não há uma vitória espetacular ou um sucesso imediato, mas sim a confirmação de que Alice e Só seguirão juntos, aprendendo, amadurecendo e vivendo daquilo que amam. O filme termina deixando uma sensação de leveza, amizade e esperança — uma mensagem de que o verdadeiro triunfo está em continuar tocando, independente do tamanho do palco.
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