"A Múmia" (2017) é um filme de ação, aventura e terror dirigido por Alex Kurtzman e protagonizado por Tom Cruise. A produção marca o início fracassado do "Dark Universe" da Universal Pictures, uma tentativa de criar um universo compartilhado de monstros clássicos do estúdio. A história gira em torno de Nick Morton (Cruise), um saqueador de relíquias que acidentalmente desperta a antiga princesa egípcia Ahmanet, selada por séculos por ter feito um pacto com forças obscuras. A partir desse momento, ele se vê envolvido em uma batalha contra forças sobrenaturais que ameaçam a humanidade.
O enredo mistura elementos de mitologia egípcia com ação moderna, utilizando efeitos especiais intensos e cenas de perseguição explosivas. A vilã Ahmanet, interpretada por Sofia Boutella, traz uma presença ameaçadora e visualmente marcante, com seu passado trágico e seu desejo de retomar o poder. Ao contrário das versões anteriores da franquia "The Mummy", este filme aposta menos no mistério arqueológico e mais no espetáculo visual, com cenas que lembram grandes blockbusters de ação.
Apesar do investimento em elenco, efeitos e a promessa de revitalizar os monstros clássicos da Universal, o filme foi mal recebido pela crítica. Muitos apontaram falhas no roteiro, desenvolvimento raso dos personagens e um tom desequilibrado entre o terror e a ação. Além disso, a tentativa de inserir ganchos para futuros filmes, como a introdução da organização liderada pelo Dr. Jekyll (interpretado por Russell Crowe), foi vista como forçada e prematura.
Com desempenho decepcionante nas bilheterias, "A Múmia" acabou enterrando as ambições da Universal de criar um "Dark Universe" coeso. Ainda assim, o filme oferece entretenimento para fãs de ação e efeitos especiais, com momentos de tensão e visuais impressionantes. Mesmo não sendo memorável como outros títulos da franquia, serve como uma curiosa tentativa de reinvenção de um clássico do cinema de monstros.
Final explicado
O final de "A Múmia" (2017) deixa várias perguntas no ar, pois tenta ao mesmo tempo concluir a história do filme e preparar o terreno para um universo cinematográfico maior.
Após uma série de confrontos com a princesa Ahmanet, Nick Morton (Tom Cruise) toma uma decisão radical: ele absorve o poder do deus egípcio Set, utilizando a adaga mística com a joia que Ahmanet queria usar para invocar a entidade. Ao fazer isso, Nick se torna uma espécie de híbrido — um ser humano com os poderes de uma divindade maligna, mas mantendo sua consciência.
Em vez de se tornar um vilão, Nick usa seus novos poderes para destruir Ahmanet, revertendo parte do caos que ela havia causado. No entanto, por ter se tornado uma criatura sobrenatural, ele não pode mais viver normalmente entre os humanos. Como consequência, ele foge, tornando-se uma figura solitária e enigmática, vagando pelo mundo com a capacidade de controlar forças antigas, mas também lutando para não perder sua humanidade.
O Dr. Jekyll (Russell Crowe), líder da organização Prodigium — que monitora ameaças sobrenaturais — observa os acontecimentos e sugere que Nick agora "pode ser um monstro, mas talvez um que lute pelos humanos". Isso reforça a ideia de que Nick poderia ser o novo protetor contra forças do mal, um herói amaldiçoado.
O filme termina com Nick ressuscitando seu amigo Chris, que havia morrido no início da trama, e partindo para o deserto em busca de respostas sobre sua nova condição. O encerramento deixa em aberto o futuro do personagem, e embora indicasse continuação ou envolvimento em outros filmes do "Dark Universe", esses planos foram cancelados após o fracasso comercial do filme.
Onde assistir
O filme está disponível nos catálogos da: Apple TV, Netflix, Prime Vídeo, YouTube, Google Play Filmes.
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