Mulher-Gato (2004), estrelado por Halle Berry, é um filme de ação e fantasia que reinterpreta o famoso personagem da DC Comics. Diferente da tradicional Selina Kyle, a protagonista aqui é Patience Phillips, uma designer gráfica tímida que trabalha para uma grande empresa de cosméticos. Após descobrir um segredo obscuro sobre os produtos da empresa, Patience é assassinada, mas acaba sendo revivida por um gato místico egípcio, ganhando habilidades felinas sobre-humanas. A partir disso, ela assume a identidade de Mulher-Gato, embarcando em uma jornada de autodescoberta e vingança.
Visualmente, o filme apresenta uma estética ousada e coreografias de ação estilizadas, apostando em efeitos visuais marcantes para retratar os movimentos ágeis e felinos da protagonista. O figurino da Mulher-Gato, bastante revelador e polêmico, se tornou um dos aspectos mais comentados da produção. Halle Berry entrega uma performance física intensa, tentando equilibrar a dualidade entre a frágil Patience e a poderosa Catwoman. No entanto, a narrativa e o roteiro foram bastante criticados por sua superficialidade e incoerência.
A recepção do filme foi amplamente negativa tanto pela crítica quanto pelo público. Muitos apontaram problemas no desenvolvimento dos personagens, na direção e no roteiro, além de uma desconexão com a mitologia original da personagem nos quadrinhos. Halle Berry chegou a receber o prêmio Framboesa de Ouro de Pior Atriz por sua atuação, e, em um gesto incomum, compareceu pessoalmente à cerimônia para aceitar o prêmio com bom humor e autocrítica. Apesar das boas intenções e do potencial da personagem, o filme não conseguiu alcançar sucesso comercial ou de crítica.
Com o passar dos anos, Mulher-Gato (2004) acabou se tornando um exemplo clássico de filme com grande orçamento e elenco estrelado que falha em capturar a essência do material original. Ainda assim, ele continua sendo lembrado como uma curiosidade dentro do universo de adaptações de super-heróis, especialmente por representar uma tentativa rara de protagonismo feminino em uma época dominada por heróis masculinos. Apesar de suas falhas, o filme pode ser visto como um passo, ainda que tropeçante, rumo à maior diversidade nas telas.
Final explicado
O final do filme mostra a protagonista Patience Phillips completando sua transformação definitiva em Mulher-Gato, rompendo com sua antiga vida e abraçando sua nova identidade independente e poderosa.
Após descobrir que Laurel Hedare, esposa do dono da empresa de cosméticos onde Patience trabalhava, é a verdadeira vilã por trás da conspiração e do assassinato, ocorre o confronto final entre as duas. Laurel havia criado um creme de beleza chamado Beau-Line, que causa sérios danos à pele com o uso prolongado, mas também a torna temporariamente resistente a ferimentos. Durante a luta, Patience consegue desmascarar Laurel e, apesar de sua força temporária, Laurel acaba caindo da janela e morrendo — incapaz de se salvar devido ao efeito colateral do creme.
Com a vilã morta e seu nome oficialmente limpo das acusações anteriores, Patience tem a chance de retornar à sua antiga vida, inclusive com a possibilidade de um relacionamento com o detetive Tom Lone. No entanto, ela decide seguir um novo caminho, recusando a vida convencional e optando por ser verdadeiramente livre. Ela escreve uma carta para Tom, explicando que agora pertence a si mesma — uma mulher renascida que não seguirá as regras da sociedade.
O desfecho simboliza o empoderamento de Patience, que deixa para trás sua insegurança e passividade para viver como uma figura independente e forte. Apesar das críticas ao roteiro e à execução, o final busca transmitir uma mensagem de autodescoberta e liberdade, ainda que de maneira um tanto simplista.
Onde assistir
O filme está disponível nos catálogos da: Prime Vídeo, Max.
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