A Netflix quase fez história de um jeito ainda mais ambicioso: antes da oferta que resultou na compra da Warner Bros. Discovery (WBD), a gigante de streaming teria avaliado a aquisição de empresas poderosas como Disney, Fox e até mesmo a produtora de jogos Electronic Arts (EA).
Fontes ligadas à negociação, relatadas pela Bloomberg, indicam que a Netflix chegou a “debater seguir adiante” com possíveis ofertas por esses conglomerados — o que revela o tamanho da ambição da empresa. Contudo, apesar das conversas, nenhuma proposta formal foi apresentada, e o plano nunca avançou.
O que motivou a mira da Netflix na Disney, Fox (e EA)
A motivação por trás dessa estratégia era clara: garantir um portfólio robusto e diversificado de conteúdo. A Netflix buscava ampliar seu alcance no mercado audiovisual e até no universo de jogos — algo que faria sentido com uma eventual aquisição da EA.
Com a Disney ou a Fox sob seu comando, a Netflix teria acesso a um catálogo vasto de séries, filmes, estúdios, franquias consolidadas — sem depender exclusivamente de produções originais ou licenciamento externo. Esse tipo de aquisição teria o potencial de transformar a plataforma de streaming em um verdadeiro império de entretenimento.
Por que a compra de Disney ou Fox não aconteceu
Apesar de sondagens e debates internos, os executivos da Netflix não chegaram a um consenso sobre seguir com essas fusões gigantescas. A razão apontada é a falta de viabilidade clara: pagar demais por ativos com múltiplos muito altos poderia prejudicar o valor das ações.
Além disso, a cultura da empresa — historicamente avessa a grandes aquisições e mais orientada à construção orgânica de conteúdo — pesou na decisão de abortar os planos por Disney, Fox e EA.
O desfecho: aposta na Warner Bros. Discovery
No final das contas, a Netflix optou por uma rota diferente. A empresa avançou com a oferta pela Warner Bros. Discovery — um movimento que resultou em um dos maiores acordos da história do entretenimento.
Com a compra da WBD, a Netflix passa a incorporar um enorme catálogo de conteúdos — o que representa uma evolução na forma como ela se posiciona no mercado: de produtora e distribuidora de streaming para uma verdadeira potência global da indústria audiovisual.
O que isso significa para o mercado de streaming
Essa informação revela o quanto a Netflix considerava — e ainda considera — expandir sua atuação no entretenimento além do streaming tradicional. A simples avaliação de adquirir empresas como Disney, Fox ou EA mostra o grau de ambição e as mudanças estratégicas em jogo.
Se a compra de Disney ou Fox tivesse acontecido, o impacto na indústria seria gigantesco: concentração de conteúdo, influência de mercado, reconfiguração das opções de consumo. Mas a decisão de desistir dessas aquisições e apostar na Warner indica cautela — e estratégia.
Hoje, com a aquisição da WBD em marcha, o mercado de streaming vive uma nova etapa: menos pulverização e mais consolidação — algo que pode transformar como consumimos filmes, séries, games e franquias nas próximas décadas.
A revelação de que a Netflix chegou a considerar a compra da Disney, da Fox e da EA antes de fechar com a Warner Bros. Discovery mostra o quanto a empresa estava disposta a ir longe em sua busca por domínio global no entretenimento.
Embora essas aquisições não tenham se concretizado — por divergências internas e avaliação de risco — o episódio ilustra a ambição da Netflix e a dinâmica agressiva de mercado em 2025. Ao apostar na WBD, a plataforma dá um passo concreto para redefinir o cenário do streaming mundial, consolidando-se como um dos protagonistas mais influentes da indústria audiovisual atual.
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