Quando a cortina sobe e as luzes da sala se apagam, geralmente já dá para prever — mas quando um filme detona nas bilheterias mesmo com críticas negativas, aí o negócio vira notícia. O mais recente lançamento da franquia, Five Nights at Freddy's 2 (FNAF 2), fez exatamente isso: em seu primeiro fim de semana nos cinemas brasileiros, o longa liderou com folga, arrecadando impressionantes R$ 16,31 milhões.
FNAF 2 estreou em primeiro lugar nas bilheterias brasileiras, superando até mesmo Zootopia 2, que faturou cerca de R$ 15,88 milhões no mesmo período. No pódio nacional do fim de semana, o terceiro lugar coube a Truque de Mestre: O 3º Ato, que arrecadou aproximadamente R$ 2,88 milhões.
Críticas e reação do público
Apesar do sucesso comercial, a recepção da crítica ao filme foi bastante negativa. No agregador Rotten Tomatoes, FNAF 2 estreou com apenas 13% de aprovação dos críticos, um dos piores índices entre os filmes de terror de 2025.
Por outro lado, o público parece não ter se incomodado: a mesma plataforma mostra uma aprovação de cerca de 88% da audiência, apontando uma disparidade histórica entre opinião crítica e popular.
O desempenho de FNAF 2 no Brasil — e internacionalmente — indica que há um público fiel e sedento por produções de terror baseadas em franquias consolidadas, mesmo que a crítica não seja generosa. A vantagem de FNAF 2 vem de elementos como nostalgia da franquia de jogos, apelo ao público jovem e curiosidade pelo universo animatrônico, fatores que pareceram superar eventuais falhas no roteiro ou no estilo.
Além disso, o contraste entre a “nota crítica ruim” e a “rejeição pública baixa” revela um fenômeno cada vez mais comum: filmes de gênero com apelo de nicho conseguem prosperar comercialmente mesmo sem aprovação crítica — muitas vezes por dependerem mais do entusiasmo dos fãs do que de julgamentos qualitativos tradicionais.
Em resumo, “Five Nights at Freddy’s 2” mostra que — no cinema — bilheteria e crítica nem sempre andam de mãos dadas. Com mais de R$ 16 milhões logo na estreia no Brasil, o filme prova que existe um público cativo disposto a comparecer ao cinema mesmo diante de avaliações negativas. Em outras palavras: para o terror inspirado em games, o apelo ao fã e à nostalgia continua valendo muito — e, por ora, a conta fecha no caixa.