Uma descoberta científica chamou atenção não só da comunidade acadêmica, mas também dos fãs de anime: um fóssil de tubarão-serra pré-histórico foi batizado de Pochita, em homenagem ao carismático demônio da motosserra sucesso em Chainsaw Man. O nome oficial dado pelos cientistas chilenos é Pochitaserra patriciacanalesae, e rapidamente se tornou destaque entre fãs de cultura pop e entusiastas da paleontologia.
A escolha do nome combina duas homenagens. A primeira é ao personagem Pochita, conhecido por sua aparência única e adorável, com uma motosserra no lugar do nariz — uma referência direta à anatomia do tubarão-serra, que possuía um focinho alongado repleto de dentes serrilhados. A segunda homenagem é à paleontóloga Patricia Canales, pesquisadora chilena que dedicou sua vida ao estudo de fósseis marinhos e faleceu em 2022.
Segundo o pesquisador Martín Chávez Hoffmeister, da Universidade de Concepción, o objetivo do nome foi aproximar “a paleontologia à cultura popular”, mostrando que ciência e entretenimento podem caminhar lado a lado. De acordo com o estudo, a espécie recém-descoberta provavelmente usava o focinho serrilhado para capturar presas, o que reforça ainda mais a semelhança visual com o design de Pochita no anime e mangá de Tatsuki Fujimoto.
Além do impacto cultural, o achado tem grande relevância científica. O Pochitaserra patriciacanalesae ajuda a ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade dos oceanos pré-históricos e sobre a evolução dos tubarões-serra, um grupo de peixes que habitaram mares há milhões de anos. O registro dessa nova espécie também contribui para preservar o legado de pesquisadores que dedicaram suas vidas a desvendar o passado da Terra.
A junção entre Chainsaw Man e a paleontologia mostra como a cultura pop pode inspirar o modo como nos conectamos com a ciência. A descoberta não apenas reforça o impacto global do anime, mas também destaca a importância de tornar o conhecimento científico mais acessível e interessante para o público em geral.
