A indústria do entretenimento foi surpreendida nesta semana com uma notícia de grande impacto: o programa de Jimmy Kimmel foi suspenso pela ABC, emissora que pertence à Disney, após comentários polêmicos feitos pelo apresentador em seu monólogo. A decisão abriu uma crise que vai muito além da televisão e já mobiliza nomes influentes de Hollywood, que anunciaram um boicote contra a empresa.
Por que o programa de Jimmy Kimmel foi suspenso?
Durante uma de suas aberturas, Jimmy Kimmel associou a chamada “gangue MAGA” à tentativa de dissociar o garoto que matou o ativista Charlie Kirk de simpatizantes de Donald Trump, acusando esse grupo de manipular narrativas políticas. As falas geraram forte reação de afiliadas locais da ABC, especialmente da Nexstar, que considerou os comentários ofensivos e pediu medidas à emissora.
Pouco depois, a Disney confirmou que o programa de Jimmy Kimmel seria suspenso por tempo indeterminado, decisão que aumentou ainda mais a repercussão do caso.
Reação de Hollywood: boicote à Disney
O roteirista e produtor Damon Lindelof, criador de sucessos como Lost, foi o primeiro a se posicionar publicamente contra a medida. Em seu Instagram, ele declarou que “não irá colaborar com a Disney enquanto o programa de Jimmy Kimmel estiver suspenso.”
O gesto abriu caminho para que outros talentos do cinema e da televisão considerem aderir ao boicote à Disney, o que pode gerar uma movimentação de peso dentro da indústria. A expectativa agora é observar quantos nomes irão se juntar a Lindelof nessa pressão.
Críticas institucionais e política em jogo
A polêmica também chegou ao campo institucional. A Nexstar, uma das maiores redes de afiliadas da ABC, afirmou que os comentários de Kimmel não refletem os valores das comunidades locais. Já o presidente da Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC), Brendan Carr, declarou que as afiliadas deveriam “rebater” a empresa, alertando sobre o risco de perderem licenças de transmissão caso insistam em manter conteúdos que possam ser considerados “distorção de notícias”.
O que vem pela frente?
No momento, o programa de Jimmy Kimmel segue suspenso sem previsão de retorno. Enquanto isso, cresce a pressão sobre a Disney para se posicionar de forma mais clara diante do boicote de Hollywood e das críticas públicas.
O caso escancara um dilema central: até onde vai a liberdade de expressão de apresentadores e criadores quando suas falas têm impacto direto em grandes corporações de mídia? A resposta ainda está em aberto, mas uma coisa é certa: a repercussão do episódio colocou a Disney no centro de uma das maiores controvérsias recentes do entretenimento americano.
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