Tron: Ares quase teve um personagem criado por inteligência artificial

 

A Disney quase deu um passo ousado (e polêmico) no uso da tecnologia em Hollywood: um personagem de Tron: Ares estava sendo planejado para ser totalmente criado por inteligência artificial. A informação foi revelada pelo jornal Wall Street Journal e movimentou os bastidores do cinema, especialmente em um momento em que o uso de IA no entretenimento está no centro de debates envolvendo sindicatos e criadores.


A proposta surgiu nos estágios iniciais da produção do longa. Executivos da Disney sugeriram que o personagem Bit, assistente digital que apareceu no filme original Tron de 1982, poderia retornar em uma nova versão — desta vez como uma entidade inteiramente gerada por IA. A ideia era ousada: usar inteligência artificial generativa para que o personagem interagisse com os atores em tempo real durante as filmagens, respondendo às falas do elenco de forma autônoma. Depois disso, um ator dublaria as respostas da IA na pós-produção.


Apesar de inovadora, a proposta foi rapidamente descartada. O motivo? Questões legais e trabalhistas. Segundo fontes próximas à produção, os estúdios foram alertados de que a ideia poderia violar acordos com sindicatos, como o dos roteiristas (WGA) e o dos atores (SAG-AFTRA). Isso poderia gerar repercussão negativa e até boicotes, o que levou a Disney a abandonar o plano antes mesmo de implementá-lo.


Mesmo sem o personagem feito por IA, Tron: Ares promete explorar a relação entre o mundo digital e o real de forma intensa. Com direção de Joachim Rønning e estrelado por Jared Leto, o longa acompanha Ares, um programa de inteligência artificial que cruza a fronteira entre os sistemas e o mundo humano. O elenco ainda conta com nomes como Jeff Bridges, Evan Peters, Gillian Anderson, Greta Lee, Jodie Turner-Smith e Cameron Monaghan.


A estreia de Tron: Ares está prevista para outubro de 2025, e os fãs da franquia já estão ansiosos para ver o que o novo capítulo trará, mesmo sem a participação de um personagem criado por IA. A tentativa da Disney mostra como os estúdios estão experimentando os limites da tecnologia, mas também revela que, por enquanto, a presença humana ainda é essencial nos bastidores de Hollywood.



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