Um novo relatório da Ubisoft detalha uma revelação inesperada sobre o lançamento de um projeto do Ghost Recon que ainda não havia sido anunciado oficialmente. Infelizmente, embora essa informação tenha vindo de uma reunião de acionistas da Ubisoft, ainda há poucos detalhes oficialmente confirmados sobre o jogo e sua data de lançamento definitiva. A reunião de acionistas de 10 de julho, realizada em Paris, também foi marcada por confrontos separados, onde os jogadores tiveram a oportunidade de pressionar o CEO Yves Guillemon sobre questões políticas atuais durante uma sessão de perguntas e respostas.
Normalmente, reuniões de acionistas sem graça não são o momento para anúncios empolgantes de jogos. No entanto, o CEO Yves Guillemot, que presidiu a reunião, usou o lançamento não anunciado do jogo Ghost Recon como forma de ilustrar a estratégia e a direção financeira da empresa.
“Nosso objetivo também é fazer um forte progresso no mercado crescente, de modo geral, continuando a aprimorar as experiências atuais que oferecemos e capitalizando os próximos lançamentos, como The Division e Ghost Recon”. Disse Guillemot.
O jogo foi mencionado novamente pelo CFO Frederick Duguet durante a seção de perguntas e respostas da reunião, em resposta a uma pergunta sobre o recente influxo de dinheiro da empresa, proveniente da gigante dos jogos Tencent.
"[Ele será] usado para o desenvolvimento futuro de outras grandes marcas. Então temos... Ghost Recon é apenas um exemplo, para nossos jogos de tiro em primeira pessoa", disse Duguet.
Em março, a Tencent investiu US$ 1,25 bilhão para adquirir uma participação minoritária na Ubisoft. Após o investimento, a empresa anunciou a criação de uma nova subsidiária dedicada a aprimorar suas ofertas criativas e de conteúdo.
“Esta nova subsidiária se concentrará na construção de ecossistemas de jogos projetados para se tornarem verdadeiramente perenes e multiplataforma”, afirmou a Ubisoft em um comunicado à imprensa. “Apoiada por um maior investimento e capacidades criativas aprimoradas, ela impulsionará ainda mais a qualidade das experiências narrativas solo, expandirá as ofertas multijogador com maior frequência de lançamento de conteúdo, introduzirá pontos de contato gratuitos e integrará mais recursos sociais.”
A Ubisoft vinha buscando novos investidores recentemente para ajudar a compensar os enormes prejuízos sofridos no ano anterior. Em seu relatório de lucros de 2024-2025 , a empresa reportou um prejuízo de quase US$ 177,8 milhões, atribuindo-o ao momento inadequado das parcerias.
Essa nova iniciativa para revitalizar Ghost Recon, que teve seu último lançamento na linha principal em 2019, pode gerar entusiasmo em relação ao futuro da empresa entre fãs atuais e antigos. Um projeto ambicioso , conhecido como Tom Clancy's Ghost Recon: Frontline, foi planejado anteriormente, mas acabou sendo descartado em 2022, quando a Ubisoft buscou cortar custos e consolidar seu foco em franquias de maior sucesso.
A seção de perguntas e respostas também foi marcada por diversos confrontos e discussões entre acionistas presentes e a empresa. O CEO Yves Guillemont respondeu a perguntas sobre a postura da empresa em relação à "consciência" na indústria de jogos e sua posição em relação ao movimento de proteção ao consumidor " Stop Killing Games ".
Em suas respostas, Guillemont afirmou o compromisso de apresentar personagens com "jornadas heroicas" e disse que a empresa estava "trabalhando" em questões relacionadas ao acesso a jogos online. Resta saber como o crescente movimento pela proteção dos direitos dos jogos, representado pela Stop Killing Games, impactará a próxima sequência de Ghost Recon.
Especialistas da indústria já tinham conhecimento do projeto Ghost Recon, codinome OVR. Tom Henderson, da Insider Gaming, informou em março que o jogo teria lançamento previsto para 2025-2026, adotaria uma perspectiva em primeira pessoa e se passaria durante um conflito fictício chamado Guerra de Naiman.
