O filme O Livro do Amor (2016), dirigido por Bill Purple, é um drama comovente que explora temas de luto, empatia e redenção. A história gira em torno de Henry (Jason Sudeikis), um arquiteto introvertido que perde sua esposa, Penny (Jessica Biel), em um trágico acidente. Devastado pela dor, ele encontra um novo propósito ao conhecer Millie (Maisie Williams), uma adolescente órfã e sem-teto com um sonho incomum: construir uma balsa para atravessar o oceano em busca do pai.
A relação entre Henry e Millie é o coração do filme. Inicialmente relutante, Henry se vê envolvido na causa da jovem, e aos poucos a ajuda na construção da balsa. Esse processo serve como uma metáfora para a cura de ambos — ele superando a perda da esposa e ela enfrentando seus traumas e solidão. A dinâmica entre os personagens é sensível e bem construída, permitindo ao espectador acompanhar o amadurecimento emocional de ambos.
A trilha sonora, composta por Justin Timberlake (que também é produtor do filme), é um dos pontos fortes da obra. As músicas funcionam como uma extensão das emoções dos personagens, complementando a atmosfera melancólica e esperançosa do enredo. A cinematografia, com tons suaves e imagens contemplativas, também reforça o tom reflexivo da narrativa.
Embora o filme tenha recebido críticas mistas, muitos elogiaram sua sinceridade emocional e a performance dos atores principais. É um filme que trata de temas difíceis com delicadeza, e que convida o público a refletir sobre a importância da conexão humana, mesmo entre pessoas muito diferentes. No fim, a mensagem central é clara: todos podem encontrar redenção e propósito por meio da compaixão e da solidariedade.
Final explicado
O final do filme é simbólico e carrega uma mensagem de esperança e superação. Após passarem por muitos desafios, Henry e Millie finalmente terminam de construir a balsa. Millie parte em sua jornada pelo mar em busca do pai, um sonho que a motivou desde o início. Porém, em uma reviravolta emocional, descobrimos que o pai de Millie provavelmente nunca existiu — ele é uma criação da mente dela, uma forma de lidar com o abandono e a perda da mãe.
Henry percebe essa verdade, mas, em vez de destruir a ilusão, ele escolhe apoiá-la, entendendo que o mais importante não é a veracidade do destino, mas o impacto do sonho na vida de Millie. Isso mostra o crescimento emocional de Henry, que agora é capaz de amar e cuidar novamente, superando o luto pela esposa. Ele encontra um novo sentido para sua vida ao se tornar uma figura paternal para Millie.
O filme termina com imagens poéticas e abertas à interpretação: Millie está no mar, olhando o horizonte, enquanto Henry observa de longe, em paz. A cena não confirma se ela encontra algo ou alguém, mas esse não é o foco. O objetivo é mostrar que, ao embarcar nessa jornada, ela se libertou do passado e encontrou coragem para seguir em frente.
Assim, o final de O Livro do Amor é menos sobre respostas concretas e mais sobre a jornada emocional dos personagens. Ambos, Henry e Millie, aprendem a lidar com a dor e a encontrar significado por meio do vínculo que criaram. O filme encerra com uma nota de redenção, deixando ao espectador a sensação de que, mesmo na dor, é possível recomeçar.
Onde assistir
O filme está disponível nos catálogos da: Prime Vídeo, YouTube, Google Play Filmes.
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