Miss França: Saiba mais sobre o filme

 

O filme francês Miss França (2020), dirigido por Ruben Alves, conta a história de Alex, um jovem órfão que sonha desde a infância em se tornar Miss França. Crescendo em um ambiente hostil e enfrentando o preconceito por não se encaixar nos padrões convencionais de gênero, Alex embarca em uma jornada de autoconhecimento e aceitação, decidindo competir no famoso concurso nacional de beleza. A obra mistura drama e comédia, abordando temas contemporâneos como identidade de gênero, diversidade e empoderamento pessoal.


Ruben Alves constrói a narrativa com sensibilidade, equilibrando momentos de leveza e emoção. A atuação de Alexandre Wetter, modelo andrógino que interpreta Alex, é um dos pontos altos do filme. Com delicadeza e carisma, Wetter dá vida a um personagem que desafia estereótipos e questiona as normas estabelecidas sobre o que significa ser homem ou mulher. A sua performance torna a história mais crível e tocante, permitindo ao público se conectar com os dilemas e as conquistas do protagonista.


A trama também se destaca por seu elenco diverso e pelo ambiente inclusivo que Alex encontra ao longo de sua trajetória. Personagens secundários, como Lola, uma mulher trans, e Mathias, um amigo de infância, representam diferentes formas de apoio e compreensão. Juntos, eles formam uma espécie de família escolhida, essencial para o crescimento emocional de Alex. O filme propõe uma reflexão sobre a importância da representatividade e da liberdade para cada pessoa ser quem é.


O filme vai além de um simples conto sobre concursos de beleza. É uma celebração da coragem de viver de forma autêntica, mesmo diante do julgamento social. Ao abordar temas delicados com humor e empatia, o filme convida o espectador a repensar seus preconceitos e a valorizar a singularidade de cada indivíduo. Ruben Alves entrega uma obra inspiradora, que emociona ao mesmo tempo em que promove um debate necessário sobre identidade e aceitação.






Final explicado


No final do filme, Alex chega à final do concurso Miss França, desafiando todas as expectativas e normas tradicionais de gênero. Mesmo enfrentando desconfiança e pressão para revelar sua identidade, ele permanece firme em seu propósito: não apenas vencer o concurso, mas também afirmar seu direito de ser quem é. Durante a etapa final, Alex faz um discurso sincero e poderoso sobre a importância de ser autêntico e de lutar contra os rótulos impostos pela sociedade.


Ao revelar que não é uma mulher cisgênero, Alex quebra um tabu e transforma a competição em uma plataforma de representatividade. Em vez de ser desclassificado ou ridicularizado, ele é ovacionado pelo público, que reconhece sua coragem e sinceridade. O filme não mostra explicitamente se Alex vence o concurso, porque essa não é a questão central — o verdadeiro triunfo é a aceitação de si mesmo e o impacto positivo de sua mensagem.


O desfecho também reafirma os laços entre Alex e seus amigos, que o apoiaram durante toda a jornada. Ele encontra não apenas sua identidade, mas também uma comunidade que o aceita e o valoriza como ele é. A sensação final é de libertação, esperança e renovação.


Portanto, o final do filme é simbólico: trata-se menos de uma vitória literal e mais de uma conquista pessoal e social. Alex transforma sua dor e insegurança em força e inspiração, mostrando que, ao se assumir com coragem, ele abre caminhos para que outros também possam viver com autenticidade.


Onde assistir


O filme está disponível nos catálogos da: Globoplay.
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