O filme Mente Criminosa (2016), dirigido por Ariel Vromen, é um thriller de ação e ficção científica que mistura elementos de espionagem com questões sobre identidade e memória. A história gira em torno de um experimento ousado: transferir as memórias de um agente da CIA assassinado para o cérebro de um criminoso imprevisível, com o objetivo de concluir uma missão inacabada. Essa premissa levanta reflexões sobre moralidade, livre-arbítrio e redenção, oferecendo ao espectador uma trama intensa e cheia de reviravoltas.
O protagonista, Jerico Stewart, interpretado por Kevin Costner, é um sociopata condenado que se torna o receptáculo das memórias do agente Bill Pope (Ryan Reynolds). À medida que Jerico começa a experimentar flashes das memórias de Pope, ele se vê em conflito entre sua natureza violenta e os sentimentos e conhecimentos que agora carrega. Essa dualidade é um dos pontos centrais do filme, pois sugere que, mesmo alguém sem empatia, pode mudar quando exposto à experiência emocional de outro ser humano.
O elenco conta com grandes nomes, incluindo Gary Oldman, Tommy Lee Jones e Gal Gadot, que contribuem para elevar o nível da produção. Apesar das atuações sólidas e da premissa intrigante, o filme recebeu críticas mistas, principalmente por não explorar a fundo o potencial filosófico da história. Muitos apontaram que a ação e os clichês do gênero acabaram ofuscando uma trama que poderia ter sido mais profunda e emocionalmente impactante.
Ainda assim, Criminal consegue entreter com cenas de ação bem coreografadas, um ritmo acelerado e um protagonista que foge do padrão heroico tradicional. É um filme que propõe uma ideia ousada e levanta questões interessantes, ainda que não as desenvolva plenamente. Para fãs de thrillers com um toque de ficção científica e dilemas morais, é uma obra que vale a pena conferir.
Final explicado
No final do filme, Jerico Stewart (Kevin Costner), que começou como um criminoso impiedoso e sem emoções, demonstra uma transformação significativa ao assimilar as memórias e sentimentos do agente da CIA Bill Pope (Ryan Reynolds). Essa mudança o leva a tomar decisões altruístas, especialmente ao proteger Jill Pope (Gal Gadot) e sua filha, mesmo sem obrigação pessoal. Ele evolui de um anti-herói para alguém que compreende o valor da empatia e da conexão humana.
Na reta final, Jerico enfrenta o vilão Xavier Heimdahl, que busca acesso a um programa ultrassecreto que poderia causar destruição global. Utilizando as memórias do agente Pope e sua própria inteligência, Jerico consegue impedir os planos de Heimdahl, neutralizando a ameaça e salvando muitas vidas. A CIA, representada por Quaker Wells (Gary Oldman), reconhece sua importância, mas ainda o vê com desconfiança devido ao seu passado.
O ponto chave do desfecho está na aceitação de Jerico como um novo homem. Ele não apenas sobrevive, como também é considerado por Dr. Franks (Tommy Lee Jones) como alguém que pode continuar evoluindo emocionalmente. A última cena, em que Jerico sente a brisa e pede para "sentir mais isso", simboliza sua nova sensibilidade e o nascimento de uma identidade própria, não mais apenas um receptáculo das memórias de outro.
Portanto, o final do filme sugere que, mesmo alguém marcado por violência e insensibilidade, pode mudar ao ser exposto ao amor, à dor e às memórias de outro ser humano. Jerico, antes uma "arma viva", torna-se um símbolo de transformação e de que a humanidade pode surgir nos lugares mais improváveis.
Onde assistir
O filme está disponível nos catálogos da: Prime Vídeo.
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