Nosso Amor é um filme britânico lançado em 2019, dirigido por Lisa Barros D'Sa e Glenn Leyburn, com roteiro de Owen McCafferty. A trama gira em torno de um casal de meia-idade, Joan e Tom, interpretados por Lesley Manville e Liam Neeson, que enfrenta juntos o impacto de um diagnóstico de câncer de mama em Joan. O filme se destaca por seu retrato sensível e intimista da vida cotidiana, explorando como o amor pode permanecer firme mesmo diante das adversidades.
A força do filme está na maneira como ele aborda a rotina e os pequenos gestos que definem o relacionamento entre Joan e Tom. Não há exageros dramáticos ou reviravoltas mirabolantes – em vez disso, o foco está no vínculo emocional profundo entre os protagonistas, marcado por momentos de carinho, humor e frustração. A atuação contida e natural dos dois atores principais contribui para a autenticidade da narrativa.
Outro aspecto notável do filme é sua representação realista da experiência do câncer, desde os exames médicos até os efeitos colaterais do tratamento. O roteiro evita clichês e não romantiza a dor, mas também não se entrega ao pessimismo. A doença é apresentada como parte da vida, algo que pode abalar mas não necessariamente destruir uma relação sólida.
Por fim, o filme propõe uma reflexão sobre o amor a longo prazo e os desafios da convivência diária. Ele mostra que o verdadeiro amor está presente não apenas nos grandes gestos, mas principalmente nas atitudes simples e constantes. Nosso Amor é, acima de tudo, uma celebração da resiliência emocional e da intimidade construída ao longo do tempo.
Final explicado
O final do filme é sutil e comovente, mantendo o tom realista e contido que permeia todo o filme. Após passar por uma série de tratamentos intensos, incluindo cirurgia e quimioterapia, Joan finalmente recebe boas notícias: ela está livre do câncer por enquanto. No entanto, o filme não trata isso como um encerramento definitivo ou uma grande celebração, mas sim como um momento de alívio silencioso e esperança cautelosa.
A última sequência mostra Joan e Tom retomando sua rotina – indo caminhar juntos, fazendo pequenas piadas, e simplesmente estando um ao lado do outro. Essa simplicidade é intencional: o filme sugere que a vida continua, com todas as suas incertezas e beleza cotidiana. Não há garantias de que o câncer não volte, nem promessas de felicidade eterna, mas há um senso de continuidade e amor resiliente.
O verdadeiro "final" do filme não está na superação da doença, mas na reafirmação do vínculo entre o casal. Eles passaram por uma provação intensa e saíram mais conectados, ainda que marcados pela experiência. A mensagem é clara: o amor verdadeiro é construído nos momentos ordinários, e é justamente essa constância que o torna extraordinário.
Assim, o filme encerra com uma nota de esperança discreta, sem artificiais fechamentos dramáticos. É um final aberto, mas emocionalmente satisfatório, que honra a honestidade da história e a profundidade da relação entre Joan e Tom.
Onde assistir
O filme está disponível nos catálogos da: Prime Vídeo, Mercado Play.
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